Como a dureza da mina grafite é expressa?


A argila é um dos componentes responsáveis pela resistência da mina grafite. As partículas de grafite completam o volume e conferem o grau de preto à mina (poder de cobertura). De acordo com a proporção argila/grafite empregada na composição da massa, o lápis ganha características diferentes. É a partir dessa proporção que se define a graduação (dureza) do lápis. Para diferenciar os tipos de graduações, Lothar Faber criou, no século XVIII, uma escala que se tornou um padrão internacional.
As graduações padrão disponíveis incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B e 6B. Quanto maior o número H (referência à palavra inglesa HARD/duro), mais claro e mais duro é o traço. Por outro lado, quanto maior o número B (referência à palavra inglesa BLACK/preto), mais preto e macio será o traço. Também existem as graduações HB (HARD e BLACK), e F (referência à palavra inglesa FINE), que apresenta um traço fino e resistente.




Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes a 2B, B e HB, mais conhecidas como nº1, nº 2 e 2½, respectivamente. Os lápis muito macios são usados principalmente para escurecer e fazer preenchimentos. Os lápis intermediários são indicados para sombreamentos, enquanto os lápis muito duros são usados principalmente para desenho técnico. Um bom meio-termo para o uso cotidiano são os lápis HB, B e 2B, que apresentam boa resistência, traço escuro e facilidade ao apagar.





Veja também:

                                   O lápis mais antigo do mundo.



Este objeto incomum foi encontrado em meio ao entulho de uma casa do século 17 que estava sendo reformada. Evidentemente um carpinteiro o esqueceu lá e ele, provavelmente, lá permaneceu, despercebido, por três séculos. O lápis é feito com dois pedaços de madeira de tília e um pedaço de grafite puro entre eles, como um sanduíche, e apresenta sinais de uso que confirmam sua interessantíssima era. O mais antigo exemplar sobrevivente de um lápis de madeira de todo o mundo é agora preservado pela Faber-Castell. Na época em que este instrumento de escrita foi fabricado, os lápis eram uma invenção relativamente nova. Se a estória é verdadeira, pastores do Cumberland se depararam com um depósito de grafite, que erroneamente acreditaram ser chumbo virgem. A substância "que parecia chumbo" provou ser muito melhor para escrever e desenhar do que o duro chumbo metálico e também mais prática do que a pena e a tinta. Assim, seu uso se disseminou rapidamente. Originalmente, as varetas de grafite foram revestidas com couro ou papel ou envolvidas em cordão. Mais tarde foram colocadas dentro de envoltórios de madeira ou metal para protegê-las. Então tiveram a idéia de recobri-las totalmente em madeira colada. Assim nasceu o lápis e, com ele, a marca de seu fabricante.


Fonte: Faber Castell